Oração do Professor
"Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar e por fazer de mim um professor no mundo da educação. Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons. São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na raça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento. Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir. Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar. Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir. Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho . Obrigado, meu Deus, pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre. Amém!"
APRESENTAÇÃO
Este relato é um registro da minha vida profissional. Cada passo construído aprendendo a conhecer, aprendendo a fazer, aprendendo a viver juntos e aprendendo a ser. Produzir um texto recorrendo a minha memória 30 anos depois não é um exercício fácil, requer reviver momentos e fatos que marcaram minha vida. Fiquei horas pensando sentir saudades. Voltei no tempo e fui buscar as fotografias para mergulhar nas lembranças.
Nem todos os momentos foram bons, mas mesmo os que apresentaram ameaças, fraquezas, provocaram expectativa e inquietações foram expressivos na minha carreira. O importante foi ter persistido e não ter desistido.
Com a reflexão das experiências vividas no passado e com as análises das minhas ações e práticas do presente, terei condições de direcionar o meu olhar para que no futuro Eu , Welma Deolinda Pinto Fernandes , esteja sempre preparada para buscar novas alternativas para uma prática mais efetiva dentro do processo de ensino e de aprendizagem.
Sei que os desafios são grandes, e que a Educação a nível mundial, cada vez mais, se afasta da qualidade, porém não me arrependo de ter escolhido ser Professora. Penso que com o meu comprometimento estou fazendo a minha parte. A riqueza de ser Educador não está, e nunca ficará no fator econômico. A riqueza se faz presente na sociedade, na cultura, na transformação do homem.
1. MEUS PRIMEIROS PASSOS NO MAGISTÉRIO
1.1 . O DESEJO DE SER PROFESSORA DO ENSINO FUNDAMENTAL I
"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido!"
Rubem Alves
Acredito que a construção de nossa identidade profissional esteja relacionada com a nossa história de vida, que envolve o nosso universo particular e coletivo. Sou soteropolitana, a quarta filha do Sr. Hélio Oliveira Pinto e Srª Iracy Dates Pinto, meu pai é militar aposentado, minha mãe professora aposentada do Ensino Fundamental I. Meus pais sempre desejaram que todos os filhos fizessem faculdade, mas minha vontade era contrária a deles. Queria ser ”Professora primária”. Então, resolvi fazer Curso de pré-vestibular no turno matutino e o Magistério no vespertino no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Salvador.
Naquele tempo, eu não tinha consciência da importância de minha escolha e nem dos desafios do ofício de professor. Tinha em mente aquela escolinha de brincadeira de menina, quando colocava as cadeiras arrumadas e ensinava a bonecas.
A escola oferecia junto ao curso de Magistério um currículo formativo com cursos extras de preparação como: Curso da Casinha Feliz, Curso de Recursos Visuais, Curso de Materiais Pedagógicos, Como confeccionar provas, Professor e o Domínio de Classe. O foco do curso era a sólida formação teórica (conteúdo) e prática ( confeccionar materiais para o estágio).
A concretização da Formação docente despertou valores específicos: atenção, comprometimento, disciplina, teoria, conhecimento e ideologia. Com o diploma nas mãos, a certeza de ter transformado meu sonho em realidade.
1.2 BUSCANDO EXPERIÊNCIA
“Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.”
Paulo Freire
Entendo que o caminhar é necessário, e que a articulação entre experiências e saberes é importante, para a nossa formação profissional. Li no jornal sobre um curso de Pré- Escola que a Prefeitura Municipal de Salvador iria oferecer. Fui até o local e fiz minha inscrição. Paralelo ao curso era obrigatório o estágio remunerado de um ano no Centro Social de Permambués para ser contratada. Foi o período mais difícil que enfrentei. Primeiro: por causa da pouca idade (17 anos) e inexperiência; segundo: no histórico de vida das crianças; terceiro: o curso constava apenas da entrega de apostilas, não havia aula, e no Centro a administração adotava medidas inaceitáveis. Pois, de acordo com Carmo (2020,p.137) [...] “em nossa sociedade , as diversas instituições humanas tem a função de socialização, isto é de ensinar aos indivíduos padrões fundamentais de comportamento e convívio com demais membro do grupo”. Procurei fazer a minha parte, entendo que ser professor é recuperar saberes e desafios que surgem na sala de aula.
Na minha turma estavam crianças entre 4 e 5 anos. Poucos anos e uma história de vida complicada: abandono, espancamento, estrupos, vícios na família (drogas lícitas e ilícitas), o desemprego dos pais, falta de alimentação.
O Centro Social de Pernambués possuía critérios considerados determinantes para o seu sucesso, no que diz respeito a: Gestão de pessoas: quadro completo (diretor, vice diretor, coordenador, (psicólogo, merendeiras, secretaria, agentes administrativos, assistente orientadora, assistente social, porteiros e professores estagiários que seriam contratados); Infra- estrutura adequada (salas grandes, arejadas, mobiliário novo); material didático e pedagógico disponível.
Entretanto, tinha grandes problemas na gestão de processo. A missão do centro não era acatada pela administração. Os objetivos eram desrespeitados, faltava comprometimento com a educação. Isso influenciava nos processos de ensino e de aprendizagem, no clima escolar, na relação pessoal e na convivência do grupo.
As medidas disciplinares eram absurdas. Brincadeiras livres ou direcionadas não eram permitidas por causa da bagunça, dos gritos, da indisciplina. A sala da assistente orientadora era conhecida como a “Sala da Cadeira do Feio” (nas cadeiras tinham escrito a palavra feio) nela ficavam as crianças que não cumpriam as regras. Os alunos sentiam medo, muitos ficavam apáticos e tristes quando eram castigados. O psicólogo não fazia nenhuma intervenção no processo, apenas entregava e recolhia as fichas individuais das crianças.
O coordenador planejava as aulas e entregava aos professores para executarem sem nenhuma mudança, seguindo rigorosamente os horário. A linha pedagógica comportamental de tendência tecnicista era usada para controlar alunos e professores. Skinner parecia está presente no ambiente de tanto controle do comportamento, de técnicas e de organização das situações de aprendizagem.
Sentia falta dos sentimentos, do respeito, das relações pessoais, das normas de condutas pareciam não fazer parte da Educação e da Psicologia. Os valores humanos eram negados e subjugados a um plano menor. Quando olhava as crianças sempre abria uma perspectiva de Educação mais Humanista.
Os problemas de disciplina eram resolvidos na sala de aula, muitos não eram registrados na ficha individuais para evitar o confronto dos alunos e a assistente de orientação. Os alunos precisavam descobrir o valor da igualdade, da solidariedade, da cidadania, do respeito, do amor e a importância da educação na vida do homem.
Quando concluir tive a certeza de que o certificado era valoroso em termos de título para aprovação no concurso público e experiências comprovada para ser contratada por uma empresa privada. Assim, desistir do contrato da Prefeitura de Salvador.“Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
2- EXPERIÊNCIA EM ESCOLA PARTICULAR UMA NOVA REALIDADE.
"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida."
Dewey , John
Sempre buscando o trilhar, caminhar em busca da construção do conhecimento, fui trabalhar em outra creche particular no Bairro Mussurunga 1, Creche Escola Sistema Solar. A dona da escola era uma psicóloga (Diretora) e o dono pedagogo (coordenador). Experiência bem diferente da primeira. A escola tinha pouco tempo de instalação no bairro. Desejava ganhar cada vez mais a confiança dos moradores para aumentar a clientela.
Minhas atividades estavam restritas a uma turma de 1ª série . A sala tinham 15 alunos, entre 6 e 7 anos. A história de vida tranqüila, ambiente familiar organizado implicava em comportamentos aceitáveis socialmente, e no bom rendimento escolar.
A escola tinha uma visão estratégica bem definida. A meta era sempre ter resultado satisfatório. A coordenação fazia questão que o currículo fosse organizado e articulado com base nos parâmetros curriculares e exigia o planejamento. Atitude correta. Segundo Libaneo ( 1994, p.222): O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente , articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social”.
Ao planejar as aulas refletia sobre o conteúdo e os objetivos a serem alcançados. Analisava com cautela cada passo tendo preocupação com as práticas efetivas, técnicas diversificadas e com o uso dos recursos áudios visuais. As atividades eram elaboradas para proporcionar reflexão, levantamento de hipóteses e de discussão norteando o caminho para avaliação. Trabalhei na Escola Sistema Solar durante 1 ano .
3- APROVAÇÃO NO VESTIBULAR NOVAS PERSPECTIVAS E HORIZONTES
Entendo a importância de construção do conhecimento, entendo que todos nós estamos no processo de aprendizagem e da importância da formação continuada. Mim escrevi no processo seletivo e passei no vestibular em Letras Vernáculas na Universidade Católica de Salvador. Durante esse período dediquei-me ao curso e a projetos educacionais. Foi um período de muito acréscimo a vida profissional. A prática pedagógica exige formação continuada para superar as dificuldades que as envolvem . Só assim, o profissional poderá executar ações significativas e qualitativas.
Participei de Congressos sobre Educação, Oficinas Literárias, Fóruns Literários (tive a oportunidade de conhecer alguns autores), participei da Pastoral Universitária , desenvolvendo projeto social de leitura dentro da comunidade universitária que se estendeu para uma comunidade filantrópica do bairro da Federação ( não lembro o nome).
Na época, fiquei surpresa ao analisar o Livro Didático. Antes, nunca imaginei que esse material pudesse conter “falhas” como: preconceito, poluição visual, letras inadequadas, conceitos errôneos, atividades que não favorecem o cognitivo, etc. A partir dessa analise comecei realmente a perceber que o livro didático é um material de apoio que deve ser usado com cuidado, e não como autoridade máxima. É necessário o domínio de conhecimento por parte do professor, reflexão sobre seu uso , seu conteúdo e, principalmente, sobre as indicações de aplicabilidades por seus autores.
Com o curso acadêmico comecei a amadurecer minhas reflexões : “o que fazer”, “como” e “por que” devo fazer, “quais os resultados espero” e o “porquê”, devo pensar e repensar. Neste momento, as teorias cognitivistas foram marcantes: construtivismo, interacionismo, aprendizagem significativas.
Comecei a estudar o construtivismo de Emilia Ferreiro, associando os problemas de alunos que chegavam no Ensino Fundamental II sem saber ler ao modo como a escola trabalhava a leitura e escrita. Era necessário repensar todos os níveis de escolarização. Segundo Emília, “ Quem tem muito pouco, u quase nada , merece que a escola lhe abra horizontes”
Quem tem muito pouco, ou quase nada , merece que a escola lhe abra horizontes”. Daí, o texto passou a ser meu objeto de estudo. Ele deveria ser interpretado e compreendido através de elemento Implícitos e explícitos.
Minha profissão cada vez mais norteada com metas ao meu alcance. Estava envolvida com os saberes teóricos que se articulavam aos saberes da prática resignificando. Concluir o curso com a certeza de que sempre voltaria a condição de estudante, buscando novas qualificações para poder cumprir a missão que eu escolhi.
4- CONCURSO PÚBLICO : TRABALHANDO COM REALIDADES DIFERENTES.
“Assim como os pássaros, precisamos aprender a superar os desafios que nos são apresentados, para alçar vôos mais altos.”
Dirk Wolter
A construção de uma família trouxe realidades diferentes para a minha vida tanto profissional como pessoal, conheci meu esposo em Nazaré, namoramos, noivamos e nos casamos , tive que me mudar para a sua cidade, pois ele já tinha toda um estrutura de vida no interior.
Em 1990, já morava no Município de Nazaré, prestei dois concursos públicos pelo Governo da Bahia. Um para o nível 1 e o outro para nível 5 ( atual nível 3) no mesmo ano. Fui aprovada nos dois.
4.1– PROFESSORA DE NÍVEL 5
Trabalhar em dois universos diferentes, foi importantíssimo para a minha vida profissional. No nível 5 fui nomeada em 1991 para a Escola de pequeno porte Dalmácio de Brito, no Município de Muniz Ferreira – BA, cidade sem desenvolvimento. Na escola funcionava o Ensino Fundamental II com a parceria entre o Município e o Estado. Os professores eram funcionários do Estado. A prefeitura oferecia material didático e pedagógico, pagava o transporte e a alimentação para que os professores continuassem trabalhando na escola.
A educação, no ponto de vista desses alunos, era valorosa. Era a chance de conseguir um emprego em outra cidade. Os alunos enfrentavam tripla jornada: trabalho na lavoura ajudando os pais; longas caminhadas até chegar na escola e a permanência na escolar( estudo). Os alunos tentavam estudar com atenção, mas o cansaço, a falta de tempo para estudo era uma ameaça e comprometia o processo de aprendizagem . Mesmo assim, o índice de reprovação e evasão era baixo.
Eu tinha alta expectativa em relação ao progresso dos alunos. Sempre preparava uma estratégia diferenciada para mediar a participação e a construção do conhecimento. As atividades eram corrigidas rapidamente para da liberdade de registrar os avanços e as dificuldades individuais serem replanejadas se o resultado não fosse o esperado. Fazer o feedback era conduzir os alunos a sistematizar os conhecimentos construídos , e através do reforço ter condições de reconstruir novos conhecimentos.
4.2 - PROFESSORA NÍVEL 1 : MINHA ESCOLA DO CORAÇÃO
“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Fernando Pessoa
Existem encontros que nos marcam para sempre de forma positiva, inesquecível momentos de interatividade e trocas de experiência. No Nível l, fui nomeada para a Escola Instituto Feminino Nossa Senhora de Nazaré. O instituto funcionava como internato de meninas e escola. O ambiente escolar bem organizado e agradável. A diretora, Irmã Terezinha, inspirava confiança no trabalho dos professores, apoiava e incentivava as atividades criativas. Por outro lado, a escola fazia parte de uma ONG que arranjava padrinhos para algumas crianças, dando suporte econômico.
Nessa Unidade Escolar resolvi trabalhar com projetos na 2ª série. Dessa forma passei a entender melhor as Múltiplas inteligências de Howard Gardner , principalmente quando ele afirma que ninguém aprende da mesma maneira, não tem os mesmos interesses e habilidades.
Os projetos mais importantes eram:
• “O Mundo Mágico”: projeto de leitura (leituras de estórias infantis, lendas, livros, interpretação dos textos, produção de paráfrase , paródias , poesias e espetáculos teatrais.)
• “ Alô Comunidade Escolar”: projeto de cidadania (o aluno fazia auto avaliação das atividades, relatava as dificuldades, parabenizava o aniversariante do mês, as alegrias, contava novidades da comunidade, preparavam folhetos de conscientização sobre saúde , meio ambiente).
Alunos com baixo rendimento conseguiram reverter a reprovação incorporados como membros cooperativos e participativos dos projetos. Afirmo que passei bons momentos nessa escola dos quais restaram boas lembranças, amizades e bons resultados da prática pedagógica. Até o presente momento, meus alunos mantêm contato. São cidadãos que conduzem a vida com dignidade e são meus amigos. Aos meus antigos colegas tenho respeito e amizade.
5 – A MUNICIPALIZAÇÃO – NOVOS DESAFIOS
"Viver é enfrentar desafios. Quem nunca enfrentou desafios, apenas passou pela vida, não viveu."
Augusto Branco
Transformar significados, enfrentar desafios, buscar experienciais faz parte da vida do professor. Com o processo municipalização das escolas de Ensino Fundamental fui transferida pela Direc 04 para o Colégio Estadual Dr José Marcelino de Souza onde trabalho com o ensino Fundamental II e Ensino Médio. Aqui sempre tenho que trabalhar diversas disciplinas. Já fui professora de Biologia, de Matemática, de Química, de Física, de Filosofia, de Sociologia, de Artes, de Educação Física, Redação e Língua Portuguesa. 2012 trabalho com Língua Portuguesa ( 6 º- ano), Educação Artística ( 8º- e 9º ano ) e Redação (1º ano) .
O início do ano é um desgaste emocional. A direção da escola tem afinidade com um grupo, e ele é protegido. Como não faço parte dele, exijo que o Estatuto do Magistério seja cumprido e, isso abala as relações entre professores X professores, professores X Direção.
5.1- EU E AS MÍDIAS CONVERGENTES
"Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível. "
Charles Chaplin
Atualmente, curso pela (UESB) Especialização em Mídias na Educação. A escolha do curso diz respeito as mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais provocadas pelo processo de avanço tecnológico. Saber utilizar as novas tecnologias de forma consciente na sala de aula é um desafio para o educador.
Sendo assim , hoje minha prática pedagógica esta voltada para as diferentes tecnologias da informação e da comunicação – TV e vídeo, informática, rádio e impresso. O alunado quer aulas mais dinâmicas, com atrativos porque seus interesses estão voltados para o uso do computador, televisão 3D , celulares com múltiplas utilidades , etc. Nós professores não podemos ficar fora desse contexto .
Dentro do ambiente escolar, as mídias antigas (impresso, rádio , TV e vídeo) não trazem desconforto em suas aplicabilidades. Já , as novas mídias trazem alguns problemas:
• Laboratório de informática: escola tem sala de computação equipada, professores e alunos sabem usar e navegar na internet , e a direção não permiti.
• TV pendrives: estão quebradas em todas as salas.
• Datashow : quantidade insuficiente para uma escola de grande porte, apenas um funciona.
• TV : como o auditório está em reformas , o uso não é possível.
• Rádios, micro system: quebrados.
Estou resolvendo estes problemas de formas alternativas. Levo aparelhos para dentro do colégio ( notebook, mini projetor, caixa de som) para realizar as oficinas para o curso de Mídias. Além disso, estou adotando o celular.
• O uso do celular. o celular como dicionário, como instrumento icnográfico( análise de imagens), recuso de áudio( música), vídeos. Muito bem aceito pelo alunado. É um desafio que juntos estamos vencendo ( professor (Eu) X alunos) .
Realizei vários projetos usando as Mídias que foram elogiados por outros colegas , pelos tutores do curso e pelos próprios alunos: Revista em quadrinhos, roteiro de curta metragem, propagandas, projeto de literatura, e outros.
5.2 – O GESTAR
"Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior.É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!"
Mário Quintana
Existia o desejo de refletir minha prática para puder criar situações problemas que fossem significativas para o meu aluno . Era um desafio , misturado com o desejo de fazer diferente. Assim, o meu papel em frequentar o curso do Gestar II foi de me colocar como "professora/aprendiz", que estava disposta a renovar minha ação cotidiana, e considerar o aprendizado e o desenvolvimento do meu aluno como meu.
Quando um professor busca um curso, ele deseja colaborar para a transformação da educação à luz de um novo olhar e eu desejava novas metodologias significativas.
CONCLUSÃO
A vida do homem é conduzida por constantes reavaliações de posturas, sejam elas positivas e negativas. As histórias aqui construídas foram partilhas da vida das escolas onde ensinei – dos meus alunos – da minha trajetória como professora. Dentro da sala de aula , o professor enfrenta as dificuldades da diversidade que podem ser de ordem política, econômica, social , cultural, ou religiosa.
No início a dúvida de qual seria a melhor abordagem para compreender o processo de ensino. O que deveria seguir: linha comportamentalista ou humanista? Nessa perspectiva optei pelas emoções, quando vi no meu aluno “um ser” que precisava do seu lado, alguém que tivesse estabilidade emocional, e que tramitasse entre a Educação e Psicologia. Então, fui a princípio humanista.
A cada passo na construção do meu perfil como professora, criei expectativas de puder fazer melhor. Qual era o papel da escola? Qual a minha posição diante do processo ensino – aprendizagem? Assim, direcionei o meu olhar para as concepções que baseiam-se na organização do pensamento . Seguindo a linha cognicista ,construía conhecimentos significativos.
Acredito que meu aluno que tenha sido estimulado a pensar, a assumir uma postura critica, a observar, a experimentar, a comparar, a analisar , a levantar hipótese, a argumentar, etc. O desenvolvimento da inteligência através do Construtivismo norteou a minha prática com bons resultados.
O olhar direcionado para o aprimoramento conduz o professor a buscar a cada dia a capacitação. Formei em Magistério, fiz Faculdade de Letras Vernáculas, participo de Congressos, fiz curso de Cultura Afro-brasileira, Gestar II, Capacitação em Língua Portuguesa, Curso sobre o Currículo Organizado, em 2001 cursei 8 meses de Especialização em Psicopedagogia ( desisti por força maior), cursei o Gestar II e atualmente curso: Especialização em Psicopedagogia e Especialização em Mídias na Educação.
REFERÊNCIAIS
FREIRE, Paulo. A pedagogia da Autonomia – Saberes Necessários À Prática Pedagógica. SP: Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, M.História das idéias pedagógicas .São Paulo:Ática, 1994, 2ªed.
LIBÂNEO, José Carlos, Didática. São Paulo. Editora Cortez. 1994.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo:
Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.
SANTOS, Roberto Vatan. Abordagem do processo de ensino e aprendizagem
VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.